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o ator

(cont.)

A Pena e a Lei, de Ariano Suassuna, dirigida por Hermilo Borba Filho, foi a peça de lançamento do Teatro Popular do Nordeste - TPN, a 2 de fevereiro de 1960. Foi encenada no Teatro do Parque. Hiram fez o Padre Antonio.

 

Hiram atuou ainda no filme Terra Sem Deus, lançado em 1964, e o personagem era também um padre. Isso provocou situações cômicas, conta Ardigam, ex-marido de Nadja e camarada de Hiram: Os policiais iam até o cine São Luís assistir ao filme para ver como era Hiram de padre, pois corriam boatos de que se disfarçava de padre para fugir da repressão.

o casal Célia e Hiram se destacavam no meio cultural. A peça de Oduvaldo Viana, Feitiço, deu notoriedade aos dois atores.

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Hiram e Célia começaram a participar de um grupo de teatro amador da cidade de Macaíba, em1944. O Grupo Teatral Auta de Souza, dirigido por Zeca Leiros, poeta (assinava seus poemas com o pseudônimo Zeca Galo) e dono de uma sensibilidade impar. Encenaram “F

O TEATRO, por zodja

 

 

 

Hiram e Célia começaram a participar de um grupo de teatro amador da cidade de Macaíba, em1944. O Grupo Teatral Auta de Souza, dirigido por Zeca Leiros, poeta (assinava seus poemas com o pseudônimo Zeca Galo) e dono de uma sensibilidade impar. Encenaram “Feitiço” de Oduvaldo Viana.  Nessa ocasião tiveram contato com a Companhia de Teatro Marilita e José Pozzoli. Marilita Pozzoli, grande poetisa, Jomeri Pozzoli, filho de Marilita, brilhante ator e dublador, hoje radicado no Rio de Janeiro, além de Og Pozzoli, filho caçula do casal de artistas, tornaram-se grandes amigos e contavam divertidos causos do teatro mambembe, muito comum naquela época. Foram montadas peças de autores nacionais das décadas de 30 e 40, geralmente comédias de costume de autores como: Paulo Magalhães, Heloisa Helena Magalhães, Oduvaldo Viana, Pedro Bloch e outros; peças publicadas pela revista da SBAT e que geralmente tinham sido montadas pelo TBC ou outras grandes companhias do sudeste.

 

Em 1944, Hiram atende solicitação do PCB e vai para Natal com a família. Enfim a capital! Em Natal, fundaram o Teatro do Estudante, e se apresentavam, de vez em quando, no Teatro Carlos Gomes (hoje, Alberto Maranhão). Participou com eles nesse grupo Luís Maranhão Filho, meu padrinho, professor muito querido e respeitado em Natal, desaparecido em 1974, seqüestrado, não se sabe se no Rio ou em SP, e morto pela repressão logo depois).

 

Em 1945, Célia é nomeada assistente do maestro Waldemar de Almeida, seu mestre e admirador, no Colégio Atheneu. Pouco depois, Maria Célia é contratada pela Radio Poty, de Natal, como locutora, a primeira voz feminina no radio potiguar. A veia artística de Hiram e Célia logo fomenta um grande radio-teatro, onde ambos participam. Mas a ditadura getulista não perdoava os “inimigos”... A insegurança era uma constante...

 

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